Dinâmica do crescimento ântero-posterior da mandíbula: aplicações em odontopediatria / Antero-posterior growth of the mandible: clinical applications

O Odontopediatra engloba, dentro do seu campo de atuação, o acompanhamento do desenvolvimento da oclusão, sendo responsável pelo primeiro diagnóstico das maloclusões que podem se instalar na dentição decídua ou durante a fase de dentição mista. O estabelecimento da oclusão é diretamente influenciado pelo crescimento e desempenho das funções fisiológicas do complexo crânio-facial. Este complexo possui uma dinâmica de crescimento que funciona como uma engrenagem, de forma que o crescimento de uma de suas partes em determinada direção influencia o todo e vice-versa. A compreensão geral do processo passa, em primeiro lugar, pelo conhecimento do crescimento e desenvolvimento dos ossos que compõem o crânio e a face. Os autores observaram que a forma da face é o resultado de influências genéticas e ambientais e que após o nascimento, a mandíbula passa a desempenhar um papel importante na morfologia de toda face, ficando o crescimento da maxila dependente da harmonia de crescimento mandibular. O surto mais importante no crescimento deste osso relaciona-se à época da puberdade e é um fator significante a ser considerado nos planejamentos ortodônticos. O Odontopediatra deve conhecer profundamente a dinâmica do crescimento facial, sabendo discernir a respeito de suas fases e principais características, podendo, quando necessário, intervir clinicamente no momento mais adequado

Contribuiçäo para o estudo das angulaçöes formadas pelos planos das faces oclusais dos molares decíduos superiores, comparando-se o lado direito com o esquerdo em crianças dos sexos masculino e feminino, portadoras de arco tipo I e II de Baume, na faixa etária entre 3 e 5 anos / Contribution to the study of the angles formed by the occlusal faces of the deciduous superior molars, comparing the right side with the left one, in both female and male children between 3 and 5 years old, with Baume's arches type I and II

Com o objetivo de verificar as inclinaçöes dentárias em molares decíduos superiores, foram estudados os ângulos formados pelos planos das faces oclusais entre os primeiros e segundos molares decíduos superiores de 40 modelos de gesso de pacientes portadores de arco tipo I e II de Baume, de ambos os sexos, na faixa etária de 3 a 5 anos. Utilizou-se de um método tridimensional de medida, que foi adaptado a um programa de computador, e, através da geometria analítica, as medidas foram transformadas em graus. Com os resultados obtidos, concluiu-se que a média dos ângulos formados pelos planos das faces oclusais dos molares decíduos superiores é de 166,15º entre os primeiros molares, e de 167,10º entre os segundos molares, sendo 169,54º para o lado direito do arco, entre o primeiro e o segundo molar, e 165,20º para o lado esquerdo do arco, entre o primeiro e o segundo molar. Existe uma diferença estatisticamente significante entre as médias dos ângulos formados entre os primeiros molares decíduos e entre os segundos molares decíduos, quando considerados os arcos tipo I e II e os sexos, e também entre as médias dos ângulos formados entre os primeiros e segundos molares decíduos quando considerados os sexos e os lados direito e esquerdo do arco

Amelogênese imperfeita: relato de um caso / Amelogenesis imperfecta: a case report

O presente trabalho relata um caso clínico de amelogênese imperfeita do tipo hipoplástica, onde a estética foi bastante comprometida. O tratamento reabilitador baseou-se na reconstruçäo dos molares decíduos e permanentes com resina para dentes posteriores pela técnica in lay/on lay e para os dentes anteriores foram confeccionadas facetas estéticas em resina com o auxílio de pigmentos